segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Igarapé Preto sofre poluição ambiental

GRUPO DE ARTICULAÇÃO UNIVERSITÁRIA DA FLORESTA realizou uma atividade de proteção ambiental no balneário do Igarapé Preto. A ação tinha o objetivo de identificar de uma série de delitos ambientais caracterizados pela degradação contínua do meio ambiente.

O balneário do Igarapé Preto é um dos pontos turísticos mais conhecidos do Estado do Acre cartão de visita da cidade de Cruzeiro do Sul.
 
Todavia, este presente da natureza se encontra ameaçado, isto porque o grande número de banhistas que frequenta o local de maneira predatória e a provável falta de um plano de manejo para uso sustentável dos recursos naturais disponíveis, está culminando numa severa poluição do leito e das margens do balneário, fato que contrasta com a legislação ambiental vigente, já que se trata de uma Área de Preservação Permanente – APP.

O contraste se deve ao fato do grande acúmulo de lixo, dos mais diversos tipos, encontrados com facilidade as margens do Igarapé, dentre os quais é possível destacar a grande quantidade de resíduos plásticos (sacos, sacolas, garrafas pet, etc), e ainda embalagens de óleo para motores automotivos, peróxido de hidrogênio, derivados de amônia, cetonas, etc.

Além disso, na tentativa de reduzir o acúmulo de lixo, e sem o justo conhecimento sobre o tratamento de resíduos sólidos, populares vem queimando o lixo ali produzido, nas margens do Igarapé, podendo favorecer a ocorrência de queimadas na vegetação adjacente, poluindo o ar através da emissão de gases e pondo em risco a segurança da aviação civil, por se tratar de uma área próxima ao aeroporto internacional de Cruzeiro do Sul.

Nestes termos, é nítida a ausência de práticas de manejo sustentável dos recursos existentes na área, bem como de proteção aos recursos naturais, sobretudo os hídricos, posto que na ausência de um sistema de saneamento, em razão da grande quantidade de resíduos humanos produzidos pelos banhistas, estes dejetos podem estar sendo direcionados, por meio de sistemas improvisados, para o solo em área paralela ao leito do igarapé, visto a inobservância de banheiros ecológicos no local.
Por fim, o caso Igarapé Preto evidencia a falta de competência das velhas figuras políticas do Juruá, para com o desenvolvimento da região. Posto que se o belo balneário fosse transformado numa espécie de "Parque-Balneário", com um calçadão de passeio, com estacionamento bem localizado, quiosques padronizados, restaurantes adequados aos padrões de turismo nacional, com a presença de guias ambientais, do corpo de bombeiros etc. Sem dúvida Cruzeiro do Sul teria um dos pontos turísticos mais disputados da região, fato que aqueceria o comercio local e a rede hoteleira, gerando emprego, renda, melhoria nas condições de vida população, que então de maneira responsável, porém confortável e agradável teria acesso a um local com padrões similares ao das praias do nordeste brasileiro, que tanto lucram com este padrão de turismo.

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