A transformação de florestas em parques, reservas e terras indígenas não oferece proteção total a esses lugares. Um estudo realizado pelo Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) revela que, em 2008, as reservas do estado de Rondônia perderam 178,5 km² de cobertura vegetal. A área corresponde a cerca de dez vezes o tamanho da Ilha de Fernando de Noronha, em Pernambuco.
O número de reservas não é problema em Rondônia. O estado acumula 41 unidades de conservação estaduais, 14 federais e 20 terras indígenas. Juntas, essas áreas somam 103 mil km², área maior que o dobro do estado do Rio de Janeiro. A proteção desses locais, contudo, deixa a desejar.
Em 2008, a Floresta Nacional do Bom Futuro, que fica próxima à capital do estado, sofreu um desmatamento de 9,3 quilômetros quadrados. Somada toda a floresta que já foi derrubada lá ao longo da história, descobre-se que 28% da área de mata da reserva foi embora sobre caminhões de madeira ou nos fornos de carvão.
Megaoperação do Ibama
Desde o início de maio, um batalhão de agentes do Ibama, Instituto Chico Mendes (ICMBio), Polícia Militar Ambiental, Exército e Incra ocupa a Floresta do Bom Futuro. A ação é considerada a maior operação ambiental já realizada no Brasil, e tem como objetivo tirar da área as cerca de 35 mil cabeças de gado cridas ilegalmente.
Desde o início de maio, um batalhão de agentes do Ibama, Instituto Chico Mendes (ICMBio), Polícia Militar Ambiental, Exército e Incra ocupa a Floresta do Bom Futuro. A ação é considerada a maior operação ambiental já realizada no Brasil, e tem como objetivo tirar da área as cerca de 35 mil cabeças de gado cridas ilegalmente.
No início, o Ibama anunciou que iria desocupar o local, que abriga cerca de 3 mil pessoas, segundo cálculos do próprio governo. Recentemente, contudo, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, declarou que a saída dos moradores será negociada, e um documento publicado pelo Ibama informa que nenhuma família será expulsa do local. Um dos planos do Ministério do Meio Ambiente para o lugar é dividir a área em duas reservas distintas.
A região devastada seria transformada em Área de Preservação Ambiental, um tipo de reserva que permite a exploração dos recursos naturais. Na região que ainda está preservada, a ideia seria implantar uma unidade de proteção integral, onde é proibida a ocupação humana.
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