quinta-feira, 14 de maio de 2009

Vigília pela Amazônia cobra ações emergenciais do poder público

Acre foi representado no evento pela senadora Marina Silva e pelo secretário de Meio Ambiente, Eufran Amaral


A vigília realizada na noite de quarta-feira (13) em Brasília chamou a atenção de todos para os inúmeros problemas existentes na região Amazônica. Entre eles as questões agrárias, desmatamento, pobreza e aquecimento global. O Acre ganhou destaque na vigília com o discurso contundente da sendora Marina Silva (PT). A parlamentar cobrou mais compromisso por parte do ministro Mangabeira Unger para com os investimentos na região.

O secretário de Meio Ambiente do Acre, Eufran Amaral, também discursou na Tribuna do Congresso. Ele destacou os projetos de manejo florestal madeireiros e não madeireiros desenvolvido pelo governo estadual, que beneficiam diretamente as populações tradicionais e as comunidades do interior do Acre.

Brasil precisa criar "ciência da floresta", diz INPE

Carlos Nobre, cientista do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) alerta que a Amazônia, assim como todo o planeta, tem sido afetada pelas mudanças climáticas. Segundo o pesquisador, os estudos atuais apontam que se a região perder 40% de sua cobertura florestal (17% já se foram) e sua temperatura média subir 3,5 graus centígrados, será atingido um nível de degradação sem retorno - a vegetação jamais se recuperará e o ecossistema ficará definitivamente desfigurado.

“Não nos enxergamos como um povo tropical”, diz o cientista. Segundo Nobre, os brasileiros ainda se sentem europeus. A sociedade precisa se adaptar e, como explica o cientista, não há país tropical desenvolvido para ser imitado. O Brasil tem a oportunidade histórica de “inventar” seu desenvolvimento, o que só será atingido por meio de uma “revolução científica e tecnológica”, com a criação de uma “ciência da floresta”.

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