segunda-feira, 17 de maio de 2010

Petróleo no Golfo do México causa desastre ambiental

Segunda-feira, 17 de Maio de 2010


As aves aquáticas estão entre as principais vítimas de desastres ambientais como o do Golfo do México. Os primeiros animais com o corpo coberto de óleo do vazamento da plataforma Deepwater Horizon foram achados na costa da Lousiana. O simples peso do óleo sobre as penas muitas vezes as impede de voar ou de nadar.

“As aves marinhas possuem um óleo natural que cobre o corpo e as possibilita de mergulhar no mar sem afundar”, explica Leandra Golçalves, coordenadora da campanha de oceanos do grupo ambiental Greenpeace. O pelicano pardo, a garça branca-avermelhada e o pato da Flórida estão entre as espécies em risco.

O filme que envolve os animais também altera seu equilíbrio térmico, e eles podem morrer de frio ou de calor, dependendo da estação. Isso não acontece apenas com as aves, mas também com mamíferos como baleias, golfinhos e leões marinhos. Para piorar, a ingestão do combustível derramado na água gera intoxicações graves nos animais.

Entre as espécies ameaçadas no acidente estão as tartarugas marinhas, a baleia cachalote e o atum azul - o Golfo do México é o único local de reprodução dos peixes dessa espécie que vivem no Atlântico.

De acordo com o International Tanker Owners Pollution Federation Limited (ITOPF), grupo especializado em desastres ambientais, o plâncton, do qual se alimentam diversos seres aquáticos, é claramente contaminado pelo petróleo em pesquisas laboratoriais. Entretanto, esses organismos são difíceis de serem estudados em seu próprio habitat, o que torna difícil mensurar os danos.

A coordenadora do Greenpeace lembra que o acidente não poderia ter ocorrido em momento pior. O mês de abril é temporada de reprodução de peixes, pássaros, tartarugas e outras criaturas marinhas no local. Por instinto, os bichos tendem a se assentar e, com isso, não conseguem fugir a tempo de se salvar. Segundo afirmam pesquisadores, 90% de todas as espécies marinhas do Golfo do México fazem uso das regiões costeiras e dos estuários do Rio Mississipi ao menos uma vez na vida para reprodução.

Fonte:UOL

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