segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Maior emissora de CO2, Amazônia não tem controle sobre gases poluidores


Os estados da Amazônia não têm informações precisas sobre a emissão de gases de efeito estufa, de acordo com informações fornecidas pelos governos estaduais. Segundo estimativa do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, a região emite cerca de 60% do dióxido de carbono (CO2) gerado no país.

Na última sexta-feira (13), o governo federal anunciou que vai se comprometer voluntariamente a reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa entre 36,1% e 38,9% até 2020. O plano será apresentado na Conferência do Clima das Nações Unidas, em Copenhague, Dinamarca, entre 7 e 18 de dezembro.
O CO2 é um dos gases causadores do efeito estufa, que prejudicam o meio ambiente. A Amazônia é uma grande emissora de CO2 por conta do desmatamento e das queimadas. Gases-estufa também estão presentes nas indústrias, na agricultura, na pecuária e na fumaça dos veículos.

O portal G1 fez Um levantamento das ações dos estados da Amazônia Legal (Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, Mato Grosso, Tocantins e Maranhão) para redução de emissão de gases poluidores. Desses estados, a reportagem não conseguiu contato com a assessoria do governo do Amapá.

Também consultou governos de estados com áreas de Cerrado (Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Bahia); e alguns dos mais industrializados do país (São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul). A assessoria do estado de Goiás informou que não dispunha dos dados solicitados.
De todos os 17 estados consultados, somente dois afirmaram ter dados sobre a emissão de gases de efeito estufa: São Paulo e Rio de Janeiro, que dizem ter feito inventários sobre a emissão em 2005. Muitos dos demais têm planos de realizar inventários no próximo ano.

Na maioria dos casos, o único controle sobre os gases de efeito estufa é uma estimativa sobre a emissão de CO2 com base nos dados de queimadas e de desmatamento.

Para os especialistas consultados, a falta de informações precisas prejudica a implantação de políticas públicas e a adoção de metas de redução.

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