quinta-feira, 16 de julho de 2009

Cinco projetos vão ganhar apoio do Fundo Amazônia, diz Minc


Governos, ONGs e pesquisadores serão beneficiados.

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, anunciou nesta quinta-feira (16) que foram selecionados os cinco primeiros projetos que receberão recursos do Fundo Amazônia. Pelo menos seis instituições serão beneficiadas, e o total desembolsado será de R$ 45 milhões.


Minc não deu mais detalhes sobre os programas financiados, mas adiantou que os projetos pertencem ao Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia), Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), Ipam (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia), Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia) e governo do Amazonas.


“Escolhemos os melhores projetos para mostrar. Todo mundo ficará de olho para ver se isso é maquiagem verde, picaretagem” disse Minc durante palestra na reunião anual da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência), em Manaus.


Em relação ao projeto ligado ao governo amazonense, o ministro adiantou que será ligado a pagamento por serviços ambientais. “[O pagamento será] para aqueles que recuperarem corredores de biodiversidade, áreas degradadas e matas ciliares.”

BR-319
Questionado sobre a negação da licença à reforma da rodovia BR-319, que liga Porto Velho a Manaus, Minc voltou a afirmar que não irá liberar a obra enquanto os parques, reservas e postos de fiscalização não estiverem instalados ao longo da estrada. “Enquanto a gente não for lá e fotografar uma por uma as 28 unidades de conservação, não vai sair [a licença].”

Fundo Amazônia
O Fundo Amazônia, criado pelo governo brasileiro e gerido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), bancará projetos que contribuam para diminuir o desmatamento.


Diferentemente dos empreendimentos financiados pelo banco, os projetos bancados pelo fundo receberão recurso a fundo perdido, ou seja, não precisam devolver a quantia investida.


Até agora, a principal doação ao fundo foi feita pela Noruega, que desembolsou US$ 110 milhões (cerca de R$ 220 milhões), mas prevê enviar até US$ 1 bilhão se o Brasil conseguir diminuir o ritmo de desmatamento.

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