quarta-feira, 8 de julho de 2009

Ibama aplica R$ 34 milhões em multas dentro de reserva em Rondônia

Na última semana, um carro do instituto foi queimado no local.


A megaoperação do Ibama realizada na Floresta Nacional do Bom Futuro, em Rondônia, já rendeu pelo menos R$ 34 milhões em multas ambientais. A maior parte das autuações foi aplicada a agropecuaristas que destruíram grandes áreas de floresta dentro da reserva, que é uma das mais devastadas do país.

Carro queimado
Desde maio, quando o Ibama chegou à área, 370 criadores de gado foram notificados para deixar o local. “Estamos cumprindo uma decisão judicial que determina que o criador seja notificado e seja dado um prazo de 180 dias. A partir desse prazo, o gado pode ser apreendido”, informa Volnei. “Já saíram muitos animais, mas depois desse acordo, houve uma parada na saída do gado.”

Os fiscais do Ibama também já apreenderam 14 motosserrras, cinco tratores, cinco caminhões carregadores de toras e uma arma de fogo. Para garantir a segurança dos agentes, a operação conta com reforço do Exército, Força Nacional de Segurança e Polícia Militar, que montaram bases nos quatro principais acessos à reserva. A segurança se justifica.

No final de junho, o Ibama de Rondônia recebeu uma carta contendo ameaças aos fiscais. “(...) tem muita gente com vontade de resolver isso na bala”, dizia um trecho do bilhete. Dias depois, um carro do instituto foi incendiado dentro da reserva.

Invasão histórica
A reserva de Bom Futuro foi criada em 1988. Segundo Volnei, as primeiras invasões começaram sete anos depois. Imagens de satélite fornecidas pelo Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) mostram que em 1989 a mata estava intacta (veja infográfico abaixo). “Todo mundo entrou depois da criação, e todo mundo sabendo que a reserva existia”, informa o chefe da reserva.

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