
quinta-feira, 30 de julho de 2009
Ribeirinhos fazem pesca inteligente do pirarucu nos rios da Amazônia

terça-feira, 28 de julho de 2009
Grilagem de terras favorece desmatamento em Rondônia

segunda-feira, 27 de julho de 2009
Moradores dos distritos de Extrema e Califórnia ameaçam fechar Br-364

sábado, 25 de julho de 2009
Índios isolados do Acre
Foto: Gleílson Miranda

Malocas indígenas mostram a existência dos grupos isolados (Foto: Gleilson Miranda/Secom) De acordo com a Coordenação Geral de Índios Isolados (CGII), da Funai, existem hoje pelo menos 60 evidências de índios isolados, como são chamados aqueles índios que ainda procuram manter distância das ameaças representadas por diferentes atividades econômicas.
El Niño pode trazer seca ao nordeste e à Amazônia, diz agência dos EUA

Após registrar um aumento constante das temperaturas da superfície do Oceano Pacífico central nos últimos seis meses, a NOAA confirmou o início do El Niño.
O fenômeno climático é caracterizado pelo aumento das temperaturas na zona equatorial do Pacífico, que ocorre a cada quatro ou cinco anos e afeta o clima em todo mundo.
Para muitos, a simples menção ao El Niño é um sinal de alarme. Há pouco mais de uma década, entre 1997 e 1998, ocorreu um dos mais fortes El Niño da história, com catástrofes climáticas que deixaram milhares de mortos.
Danos
As inundações nas Américas (que afetaram principalmente vastas regiões do Chile, da Bolívia, do Equador e dos Estados Unidos) e na África destruíram colheitas na maioria dos países afetados.
As secas se propagaram pela Austrália e partes do sudeste asiático, provocando incêndios florestais. O fenômeno afetou ainda a pesca na América do Sul, por conta da redução nos estoques de peixes.
O furacão Mitch, em 1998, cuja força também foi relacionada ao fenômeno climático, provocou intensas inundações na América Central que deixaram mais de 9 mil mortos.
Calcula-se que os danos totais provocados pelo El Niño em todo o mundo chegaram a US$ 34 bilhões.
Prognósticos
Ainda é cedo para prever se o fenômeno neste ano terá uma força semelhante à da década passada, mas os prognósticos da NOAA refletem um consenso sobre o seu crescimento e o seu desenvolvimento.
"As condições atuais e as tendências recentes favorecem o desenvolvimento contínuo de um fortalecimento de leve a moderado do El Niño até o outono de 2009 no hemisfério norte, com possibilidade de fortalecimento a partir de então", diz a agência.
Segundo Michelle L'Heureux, diretora da NOAA para Previsão do El Niño, se a potência do fenômeno climático for de moderada a forte, "as condições no centro e no leste da Bacia Amazônica serão mais áridas que o normal entre novembro de 2009 e março de 2010, e entre janeiro e maio de 2010 estarão mais secas no nordeste do Brasil".
"Ao mesmo tempo, as condições estarão mais úmidas na costa oeste da América do Sul. O Equador e o norte do Peru o sentirão entre janeiro e abril de 2010, e o Uruguai, o nordeste da Argentina e o sul do Brasil entre novembro de 2009 e fevereiro de 2010", disse L'Heureux à BBC.
Efeitos positivos
A pesar de a chegada do El Niño ser vista por muitos como um anúncio de tragédia a caminho, a especialista explica que os seus efeitos positivos ou negativos devem depender de sua força.
"O El Niño pode, por exemplo, trazer chuvas benéficas no fim do ano ao sudeste do Texas, que atualmente enfrenta uma seca. Mas se chover demais, isso pode se converter em uma ameaça, por causa das possíveis inundações", diz L'Heureux.
Outro possível efeito positivo, segundo ela, seria a redução da intensidade dos furacões no Caribe. L'Heureux diz ainda que não existem ainda evidências de que a incidência do El Niño poderia estar sendo reforçada pelo aquecimento global.
"O El Niño é um fenômeno natural que vem ocorrendo há milhares de anos. Até o momento não há evidências de uma relação entre esse fenômeno e as mudanças climáticas", diz ela.
"O último relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas diz claramente que não há indícios consistentes sobre futuras mudanças na amplitude ou na freqUência do El Niño no século 21", conclui.
quinta-feira, 23 de julho de 2009
Frente fria baixa as temperaturas no Acre
Segundo os meteorologistas, esse fenômeno deverá causar as temperaturas mais baixas do ano até agora.
quarta-feira, 22 de julho de 2009
Frente fria chega ao Acre na sexta-feira

domingo, 19 de julho de 2009
Reabertura da BR-364 movimenta a economia de Rio Branco a Cruzeiro do Sul

Isso sem falar na obra de pavimentação da BR364 que soma cerca de R$ 700 milhões. Cada trecho fica sob a responsabilidade de uma empreiteira, que por sua vez contrata centenas de operários. De acordo com o diretor do Deracre, Marcus Alexandre, a partir desse ano a estrada não mais será fechada e o acesso pela rodovia vai acontecer o ano inteiro.
- Cada empresa ficará responsável por um lote. Esse trecho deve receber manutenção o ano inteiro até a pavimentação final da rodovia -, disse Marcus Alexandre.
sábado, 18 de julho de 2009
Cientistas querem descobrir remédios a partir de peixes amazônicos

sexta-feira, 17 de julho de 2009
Municípios acrianos recebem treinamento do Sipam em Rio Branco
O objetivo do treinamento é difundir o uso de geotecnologias.
Inicia na próxima segunda (20), no horto florestal de Rio Branco, o treinamento oferecido pelo Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente do Acre (Sema) para capacitar técnicos municipais quanto ao uso de dados geográficos por meio digital.
Durante uma semana, representantes de Acrelândia, Bujari, Capixaba, Manuel Urbano, Plácido de Castro, Porto Acre, Rio Branco, Santa Rosa do Purus, Sena Madureira e Senador Guiomar aprenderão a usar o programa (software) Terraview e receberão um CD contendo um banco de dados de seu município.
O objetivo do treinamento, parte do programa SipamCidade, é difundir o uso de geotecnologias para apoiar a gestão municipal das cidades da Amazônia Legal e construir com os técnicos uma rede de intercâmbio de dados espaciais. “Estes conhecimentos permitem que as prefeituras conheçam o seu território, saibam quais as dinâmicas que estão acontecendo, melhorem processos de gestão e possam embasar os seus projetos para conseguir financiamento”, explica Ernesto da Silva Filho, analista ambiental do Sipam responsável pelo treinamento.
Na administração municipal, os técnicos poderão utilizar os recursos do programa e as informações do banco de dados para planejar obras, delimitar áreas de preservação, escolher locais para instalação de aterros sanitários, ou seja, realizar ações públicas com atenção ao meio ambiente.Este é o segundo treinamento realizado pelo SipamCidade no Acre. Em junho, o curso aconteceu em Epitaciolândia e teve a participação de técnicos de Assis Brasil, Brasiléia, Epitaciolândia e Xapuri.
Para atender todos os municípios acrianos, uma última etapa está prevista para agosto.Em Rio Branco, o treinamento acontece de 20 a 24 de julho, das 8h às 12h e das 14h às 18h, na sala multimeios da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, localizada no Horto Florestal de Rio Branco.
quinta-feira, 16 de julho de 2009
Cinco projetos vão ganhar apoio do Fundo Amazônia, diz Minc

Governos, ONGs e pesquisadores serão beneficiados.
BR-319
Questionado sobre a negação da licença à reforma da rodovia BR-319, que liga Porto Velho a Manaus, Minc voltou a afirmar que não irá liberar a obra enquanto os parques, reservas e postos de fiscalização não estiverem instalados ao longo da estrada. “Enquanto a gente não for lá e fotografar uma por uma as 28 unidades de conservação, não vai sair [a licença].”
Fundo Amazônia
O Fundo Amazônia, criado pelo governo brasileiro e gerido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), bancará projetos que contribuam para diminuir o desmatamento.
terça-feira, 14 de julho de 2009
Melhor petróleo do Brasil é extraído do Campo de Urucu no interior do Amazonas

Ainda de longe já é possível ver uma chama onde menos se espera - no centro de uma floresta virgem. Em volta, uma pista de pouso, um polo de controle e 70 poços ligados por pequenas estradas. A boa quantidade de gás e a alta qualidade do petróleo que foram o que levou o Brasil a assumir o risco de iniciar a exploração em um ambiente tão delicado.
O petróleo de Urucu, que sai de uma profundidade de 2.300 metros é um tipo especial, leve, rico em produtos nobres e muito valorizado. É o melhor petróleo produzido no país. A extração não é grande - menos de 2% da produção brasileira - mas dá para abastecer grande parte da Amazônia.
Mais do que petróleo, Urucu produz gás. Dali sai todo o gás de cozinha consumido no Norte do país e em parte do Nordeste. Dos poços também sai um outro tipo de gás, o natural. Para aproveitá-lo, está em fase de acabamento um supergasoduto, que começa em Urucu, passa por Coari e chega a Manaus. O gás vai substituir o óleo que hoje é queimado em termoelétricas, pois polui menos e é mais barato.
Todo o material usado em Urucu é trazido por balsas. A decisão foi isolar a área do resto da civilização. A construção de estradas de acesso poderia trazer posseiros e madeireiros para uma região de floresta virgem e rios limpos.
Rio traiçoeiro
O belo rio de águas escuras é traiçoeiro. A navegação exige perícia dos marinheiros. "Ele não tem espaço para você manobrar direito, é muito estreito, e você tem que ter bastante cuidado", conta o comandante do barco, Manoel da Silva. Quem antes vivia do trabalho duro e mal pago na exploração da floresta, hoje tem emprego com carteira assinada. "Nasci no interior, cortando seringa, fazendo roça", conta Juvenal Rodrigues Feitosa, de 55 anos.
O jardineiro Raimundo Ferreira da Silva, que cria mudas para reflorestamento é outro amazonense que se livrou da vida difícil de seringueiro para trabalhar em Urucu: "A gente pegou um dinheiro melhor, um trabalho mais seguro". O pessoal que trabalha no campo faz turnos, 14 dias de trabalho isolado na floresta por 14 dias de descanso com a família em Manaus e em outras cidades do Brasil.
Tempo livre
Difíceis são os momentos de descanso, quando a saudade da família bate forte. Sempre tem um jogo de dominó, muita conversa jogada fora e o suor da ginástica. Quem quiser, pode aproveitar a escola montada especialmente para os funcionários. Bilga Cândido da Silva é camareira em Urucu.
segunda-feira, 13 de julho de 2009
Cacau selvagem da Amazônia vira chocolate fino na Europa

Os cacaueiros estão espalhados pelos rios da região. Ribeirinhos fazem a colheita e levam os frutos até a beira do rio, onde são recolhidos com barcos. “Temos muitos gastos devido às grandes distâncias que precisamos percorrer para recolher o cacau”, explica Sass. Após o recolhimento, os frutos são descascados e colocados em caixas de fermentação por alguns dias. Em seguida, são secos em estufas.
O cacau de Boca do Acre é transportado em barcos. (Foto: Reprodução)
Apesar das dificuldades, o extrativismo de cacau é uma maneira para os ribeirinhos conseguirem dinheiro, já que a maioria deles se dedica apenas à pesca e à agricultura de subsistência.
Segundo o diretor da Cooperar, eles conseguem até R$ 50 com um dia de trabalho. Ao todo, cerca de 200 ribeirinhos de Boca do Acre trabalham com o cacau durante três meses (março a maio) ao ano.A parceria com os alemães funciona desde 2006. A Cooperação Técnica Alemã, empresa pública que apoia o desenvolvimento em países estrangeiros fez a ponte entre os extrativistas do Amazonas e a fábrica de chocolates.
Uma fundação alemã pagou a instalação de estufas de secagem e a indústria se compromete a cobrir os gastos da cooperativa quando houver imprevistos que aumentem os custos, como a cheia prolongada deste ano, que dificultou a colheita.
sábado, 11 de julho de 2009
Recuperação de ramais 2009

Ao todo serão recuperados mais de setecentos quilômetros de ramais na região da transacreana. Um investimento de R$ 38milhões e 700 mil com investimento do governo do Estado e BNDES.
Cinco patrulhas mecanizadas foram destinadas para o trabalho de recuperação das estradas vicinais. O senador Tião Viana destacou que o investimento do governo do Estado no setor produtivo é fruto do apoio da bancada federal em Brasília e da parceria com as associações e sindicatos rurais.
Mais informações nos telejornais da TV Aldeia às 7 horas (Jornal da Manhã), 12 horas (Jornal do Meio Dia) e às 9 da noite (Notícias da Aldeia).
sexta-feira, 10 de julho de 2009
Ibama aponta 'graves falhas' em estudo para obra em estrada na Amazônia

O documento afirma ainda que “muitas das medidas mitigadoras propostas [no EIA] são inexeqüíveis e/ou extrapolam as atribuições do empreendedor”.
Oficialmente concluída em 1976, a rodovia, que corta um longo trecho de floresta ainda intocada, tem cerca de metade de seus 887 km intransitáveis. Sua reconstrução está prevista no Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo, e é de importância estratégica para a capital amazonense, que no momento é acessível do centro-sul do país apenas por via aérea ou fluvial. Por outro lado, teme-se que a via abra uma frente de desmatamento, a exemplo do que aconteceu com rodovias no Pará e em Mato Grosso.
Licenciamento
O estudo de impacto ambiental, de responsabilidade do empreendedor da obra – neste caso, o Ministério dos Transportes, por meio do Dnit -, é o documento em que são apresentados os riscos ambientais que a reforma oferece e também as medidas necessárias para contê-los.
A equipe técnica do Ibama afirma que a preservação da região entre os Rios Madeira e Purus (cortada pela BR-319) “não estaria assegurada de forma satisfatória, na medida em que as unidades de conservação propostas não abrangem todas as ecorregiões dentro do interflúvio, deixando grandes espaços vazios a serem ocupados por projetos de assentamentos e preservando as propriedades já tituladas, formando uma faixa de terra que certamente se tornará uma barreira à fauna e à flora na medida em que as mesmas forem sendo exploradas”.
Reservas sustentáveis
Sobre as unidades de conservação de uso sustentável (ou seja, onde pode haver certos tipos de atividades de exploração da floresta) propostas, a equipe do Ibama levanta incerteza sobre sua viabilidade, alertando que podem “levar a região a um quadro de degradação acelerada e sem controle”.
quinta-feira, 9 de julho de 2009
Estudo aponta que até 4.550 espécies de plantas podem desaparecer na Amazônia

Apesar de prever milhares de extinções, os modelos calculados pelos pesquisadores, caso se mostrem corretos, podem ser considerados positivos do ponto de vista da conservação ambiental, pois outros estudos semelhantes costumam prever números muito mais graves.
Os autores acreditam que isso acontece porque estes outros estudos consideravam que todas as espécies estavam distribuídas uniformemente pelo território. Feeley e Silman calcularam seus modelos levando em conta que a Amazônia Ocidental e as áreas próximas à calha do Rio Amazonas têm maior biodiversidade.
Segundo o artigo, a ser publicado na edição de julho da revista “Proceedings of the National Academy of Sciences” (PNAS), uma das principais novidades do estudo é a conclusão de que a extinção ou não de uma espécie de planta na Amazônia não tem tanto a ver com a vastidão do território pelo qual se espalha, mas com a localização de seu habitat.
quarta-feira, 8 de julho de 2009
Arte e Consumo no Igarapé Fundo

O documentário tem sido concebido coletivamente, desde o dia 29 de junho está ocorrendo um mini-curso de cinema no Horto Florestal. Ele conclui hoje a parte teórica, que está na fase de oficinas técnicas de produção cinematográfica. O grupo de alunos é formado por jovens, associados da Assacine, estudantes do Colégio Estadual Dom Aguiar, que está localizado na ZAP 3 e interessados por cinema. Eles optaram pela a área de trabalho no documentário, sendo: direção, roteiro, produção, câmera e som. E foram capacitados.
A questão do consumo consciente foi trabalhada de forma profunda, pois tudo isso foi antecipado por palestras do PROCON sobre o tema “Consumo Consciente”, outra com membros do Catar sobre a visão de quem trabalha com produtos reutilizáveis e a do filósofo Marcos Afonso acerca da ética envolvida no ter, ser, tempo e espaço.
Documentário é um gênero que tem como marca o compromisso com a exploração da realidade. “Na pesquisa encontramos personagens interessantes, como uma senhora que mora próximo do igarapé e escreveu a punho um livro a história dele”, conta a aluna da oficina, Maíra Menezes e acrescenta o coordenador do projeto, Gilberto Ávila que a história do igarapé terá uma nova perspectiva pelo olhar do documentário.
As gravações prosseguem até dia 17 desse mês. A fase seguinte é a edição e finalização com perspectiva de lançamento no mês de outubro. “A expectativa é a melhor possível, uma vez que o caráter social e ambiental do documentário tem nos revelado surpresas positivas para o trabalho” conclui a produtora, Talita Oliveira.
Mais informações no blog: http://cinemaecidadania.wordpress.com/
Deracre adia reabertura da BR 364 por causa das chuvas na região do Purus

A decisão de adiar a abertura anual da rodovia foi tomada, segundo o diretor do Departamento de Estradas e Rodagens para garantir a segurança dos motoristas. Segundo ele há muitos trechos que por causa das recentes chuvas, apresentaram problemas, o que pode ser perigoso para quem seguir pela estrada.
Cinco empresas trabalham no trecho entre Manuel Urbano e Feijó. São cerca de 1.500 homens e 400 equipamentos que atuam nos 224 quilômetros em obras. "Não há nenhum trecho desses 224 quilômetros que não estejam sendo trabalhados", explica o diretor.
Além do serviço de terraplanagem, dez pontes são construídas no trecho, além de bueiros e galerias. Há pontes de 40 metros e de 200 metros neste trecho. Já no trecho da BR 364 entre Feijó e Cruzeiro do Sul o tráfego de veículos é liberado durante todo o ano.
Decisão inédita: Justiça decide acabar com autorização do uso do fogo no Acre

A Justiça Federal, por meio do Juiz David Wilson de Abreu Pardo, da 1ª Vara Federal, concedeu liminar em ação civil pública movida pelos Ministérios Públicos Federal e Estadual no Acre para proibir progressivamente a autorização de queimadas no estado e fixar prazo para que o poder público adote medidas compensatórias, com vistas a reparar as consequências socioeconômicas advindas da supressão do uso do fogo.
A decisão determina que o Instituto de Meio Ambiente do Acre (IMAC) autorize, de imediato, concessões para o emprego do fogo apenas para implantação de agricultura familiar e sempre em extensão inferior ao limite de três hectares. A partir de 2010, devem ser consideradas concessões para o emprego do fogo apenas para implantação de agricultura familiar de subsistência e sempre no limite de até um hectare por propriedade ou produtor rural, se este tiver em seu poder mais de um imóvel.
De acordo com a decisão judicial, a partir de 2011 o IMAC deverá negar autorizações para queima na região abrangida pelos municípios de Rio Branco, Porto Acre, Senador Guiomard, Acrelândia, Plácido de Castro, Capixaba, Bujari, Xapuri, Epitaciolândia, Brasileia, Sena Madureira, Tarauacá e Feijó. A partir de 2012 o IMAC não poderá mais autorizar queima em todo o território do estado do Acre. Além dessa medida, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) não poderão mais conceder autorizações para queima em unidades de conservação ou em suas zonas de amortecimentos.
Em acordo judicial firmado com o Ministério Público, os municípios de Rio Branco e Epitaciolândia já se comprometeram a efetivar medidas para evitar as queimadas, tais como a contratação de técnicos para assistência aos produtores rurais, o apoio ao acesso às linhas de crédito rural disponíveis para a agricultura familiar, a disponibilização de máquinas agrícolas visando a mecanização, bem como a promoção da educação ambiental.
Ibama aplica R$ 34 milhões em multas dentro de reserva em Rondônia

Desde maio, quando o Ibama chegou à área, 370 criadores de gado foram notificados para deixar o local. “Estamos cumprindo uma decisão judicial que determina que o criador seja notificado e seja dado um prazo de 180 dias. A partir desse prazo, o gado pode ser apreendido”, informa Volnei. “Já saíram muitos animais, mas depois desse acordo, houve uma parada na saída do gado.”
A reserva de Bom Futuro foi criada em 1988. Segundo Volnei, as primeiras invasões começaram sete anos depois. Imagens de satélite fornecidas pelo Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) mostram que em 1989 a mata estava intacta (veja infográfico abaixo). “Todo mundo entrou depois da criação, e todo mundo sabendo que a reserva existia”, informa o chefe da reserva.
terça-feira, 7 de julho de 2009
Pesquisadores descobrem novo macaco na rota da BR-319 entre Rondônia e Amazonas

Uma nova subespécie de macaco acaba de ser descoberta no Amazonas e já corre risco. O pequeno primata, batizado cientificamente como Saguinus fuscicollis mura, foi encontrado entre os rios Madeira e Purus, justamente sob o traçado da rodovia BR-319, que liga Porto Velho (RO) a Manaus (AM). A rodovia, que hoje está abandonada e intransitável, tem a reforma prevista no Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). A obra aguarda apenas a licença do Ibama para começar, e ambientalistas afirmam que a estrada poderá trazer uma devastação sem precedentes para a região.
O nome mura, dado pelo ecólogo Fábio Rohe, um dos autores da descoberta, é uma homenagem aos índios muras, que viviam próximos ao lugar onde o macaco foi encontrado. A escolha, segundo o cientista, serve para dar um alerta. “Os mura foram muito prejudicados pelos brancos. De certa forma, eles representam a resistência da natureza ao mundo civilizado”, conta o cientista, que trabalha na WCS Brasil (Wildlife Conservation Society) dentro do Programa Conservation Leadership Programme (CLP).
Bicho versátil
A descoberta do novo macaco ocorreu em 2007 durante uma expedição de um grupo de cientistas ligados à rede Geoma. De acordo com Rohe, o bicho é conhecido pelos moradores da região, mas ninguém sabia que se tratava de uma nova subespécie, já que ele é semelhante a outros macacos amazônicos, todos chamados genericamente de sauim ou choim.
Depois de comparar cores, medidas e localização de pelo menos 13 parentes próximos do mamífero, o pesquisador comprovou que o animal era uma variação da espécie Saguinus fuscicollis, e a descrição da subespécie foi publicada na revista científica "International Journal of Primatology" em junho deste ano. Além de Rohe, participaram da descoberta os pesquisadores José de Sousa e Silva Jr, Ricardo Sampaio e Anthony Rylands.
O novo macaco é pequeno. Tem em média 23 cm de altura, 31 cm de rabo e pesa 350 gramas. Segundo Rohe, o sauim é um bicho versátil, que consegue sobreviver tanto em matas densas quanto em florestas ralas, como as que margeiam os campos naturais ao longo da BR-319. Ele consegue se alimenta principalmente de insetos e de frutas.
Estradas, usinas e gasoduto
Não é apenas a reforma da rodovia que gera temor entre os biólogos que trabalham na Amazônia. A construção das usinas de Jirau e Santo Antônio, no Rio Madeira, e o projeto do gasoduto Urucu-Porto Velho também assustam os estudiosos do meio ambiente, que preveem uma corrida de migrantes para o sul do Amazonas.
“Não sabemos ainda quais serão as consequências da obra [das usinas] para o curso do Madeira. Além do desmatamento, a obra vai fazer com que mais pessoas vão morar na região”, alerta o cientista da WCS. “Mas certamente, se não houver um trabalho de fiscalização sem precedentes no Brasil, a BR-319 será a veia de destruição da Amazonia central brasileira.“
Nova gralha
Uma espécie de gralha também foi descoberta recentemente no traçado da BR-319, e corre ainda mais risco do que o macaco. Como ela consegue viver apenas nos ambientes de transição entre os campos naturais e a floresta, pode ser muito prejudicada pelas queimadas que passarão a ocorrer na região.
Imagens da Nasa mostram diminuição das queimadas na Amazônia em 2008

segunda-feira, 6 de julho de 2009
Binho cria reserva ecológica Japiim-Pentecoste em Mâncio Lima

Edmilson Ferreira
Roçado sustentável gera renda a pequenos produtores do Acre

Na propriedade de doze hectares do seu Severino, localizada no ramal Espinhara no município do Bujari a 20 km de Rio Branco, funciona uma unidade demonstrativa do roçado sustentável. Murilo Matos, técnico da Seaprof, explica que o uso da mucuna preta recupera recuperar o solo desgastado.
Além do feijão, seu Severino cultiva mandioca e milho. Com pouco investimento e orientação técnica adequada, o produtor comemora a segunda safra de milho no ano, a safrinha.
Com o apoio da Seaprof seu Severino resolveu investir também nos sistemas agro-florestais. Nesta área de cerca de dois hectares ele cultivou mais de 20 espécies madeireiras da região, algumas ameaçadas de extinção como o mogno por exemplo.
O agricultor cultivou ainda na mesma área mulateiro, cerejeira, seringueira e dezenas de árvores frutíferas como cupuaçu e banana. Com uma renda média de cinco salários mínimos, o pequeno agricultor conseguiu provar que é possível extrair o que a floresta tem de melhor sem agredir o meio ambiente.
domingo, 5 de julho de 2009
Pesquisador encontra animais ameaçados de extinção em parque do Amazonas

Habitam o parque onças-pintadas, gatos-maracajás, jaguatiricas, cuxiús, tatus-canastra, ariranhas, peixes-bois e tamanduás-bandeiras, todos na lista oficial de animais ameaçados de desaparecer. Além desses bichos, também vivem por lá antas, veados, porcos-do-mato e dezenas de outros mamíferos.
Marchena estudou os mamíferos de Anavilhanas para ajudar a montar o plano de manejo do parque, que define como a região será utilizada para o turismo. A tarefa não foi fácil, já que a maioria dos bichos não dá as caras de dia. É necessário enfrentar quilômetros de trilhas no meio da mata, à noite, para conseguir avistá-los.
Até novembro 2008, Anavilhanas era uma estação ecológica. Para estimular o turismo, o local foi transformado em parque nacional. A principal atração são as suas quatro centenas de ilhas, que na época seca formam praias de areia branca que contrastam com as águas escuras do Rio Negro.
sábado, 4 de julho de 2009
Chuvas podem atrasar reabertura da 364
A pavimentação da BR 364 é um sonho antigo alimentado pelo povo acriano deste a década de 70. 680 km separam a capital Rio Branco de Cruzeiro do Sul, no Vale do Juruá. A rodovia é importante porque liga o Estado de Norte a Sul, aquece a economia local e contribui para o desenvolvimento da região. Atualmente cerca de 60% da rodovia está concluído. Todas as pontes, inclusive a que será erguida sobre o rio Juruá, com mais de 2 km de extensão, já foram licitadas.
quinta-feira, 2 de julho de 2009
Salão do turismo exibe roteiros

O roteiro Brasília e Chapada dos Veadeiros (GO) oferece uma combinação daarquitetura reconhecida mundialmente de Oscar Niemeyer e Lucio Costa com a naturezaescancarada do Parque Nacional Chapada dos Veadeiros. O turista terá a oportunidadede conhecer o primeiro Patrimônio Histórico Cultural modernista do mundo e, ao mesmotempo, fazer trilhas, mergulhar em cachoeiras e entrar em contato com o cerradopuro, intacto, livre da interferência humana.
Erguida em mil dias, Brasília figura nos livros de arquitetura como o maisimportante e maior projeto modernista concretizado no mundo. Os prédios, monumentose áreas públicas, em harmonia com os espaços vazios e a natureza, garantem uma amplavisão do horizonte.
O visitante tem a impressão de andar num museu a céu aberto, comobras de arte que levam a assinatura de grandes artistas como Burle Marx, AthosBulcão, Marianne Peretti, Alfredo Ceschiatti e Bruno Giorgi. Destacam-se a Catedral,O Congresso Nacional, a Igreja Dom Bosco, os palácios do Planalto e do Alvorada.Além dos monumentos, a capital reúne um pouco de cada região brasileira. São nordestinos, mineiros, paulistas, goianos, gaúchos, povos de todos os estados quedeixaram a terra natal para juntos construírem uma cidade no Planalto Central.
Ariqueza cultural ressoa nas diferentes tradições, sotaques, festas, artes e navariada gastronomia. Não a toa a cidade recebeu o título de Capital Americana daCultura 2008 da Organización Capital Americana de La Cultura – CAC. A pouco mais de 200 quilômetros da capital, o visitante vai conhecer a vegetaçãoexuberante do cerrado.
É hora de deixar o concreto de lado e renovar as energias numbanho de cachoeira inesquecível. As formações rochosas do Vale da Lua, produzidaspelo choque entre a água com as pedras, produzem um cenário único e inesquecível. OParque Nacional Chapada dos Veadeiros é o local ideal para um bom teste deresistência.
O visual de cachoeiras e matas rasteiras relaxa a mente durante aslongas trilhas, mas é preciso ter fôlego para chegar ao final.Além das diversas opções de quedas d’água, o local conta com uma infraestruturabásica, com restaurantes simples e opções gastronômicas um pouco mais sofisticadas.Tudo com o mínimo possível de interferência urbana.
A ideia é proporcionar aovisitante o maior contato possível com a natureza, tanto que a Vila São Jorge, naentrada da Chapada, não tem asfalto por uma opção dos moradores locais. Preservação e infraestrutura O presidente Lula e os ministros do Turismo e do Meio Ambiente, Luiz Barretto eCarlos Minc, lançaram em setembro de 2008 o programa Turismo nos Parques. Ele prevêações conjuntas para preservação dos Parques Nacionais e promoção dessas áreas comoatrativos turísticos.
A ideia é aproximar setor turístico das riquezas naturais do país. Para tanto, ogoverno prevê investir R$ 28 milhões (sendo R$ 10 milhões do Ministério do Turismo eR$ 18 milhões do Ministério do Meio Ambiente) em seis unidades de conservaçãoambiental.Entre as áreas beneficiadas está o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros (GO).
Todo ano ele recebe aproximadamente 18 mil visitantes. O governo vai investir umtotal de R$ 4,2 milhões para recuperação do centro de visitantes, de estradas e dasprincipais trilhas. Deste total, R$ 2 milhões serão empenhados pelo MTur e orestante pelo MMA. De 2003 a 2008 o MTur investiu R$ 173,2 milhões em infraestrutura, R$ 22,2 milhõesem eventos e R$ 2,3 milhões na divulgação de Goiás como ponto turísitco.
Outros R$103,8 mil foram aplicados no Museu das Artes Divino, em Pirinópolis (GO), dentro doPrograma de Qualificação dos Museus para o Turismo. Edvanaldo Ferreira Costa – Produção Associada Além das belezas naturais e arquitetônicas, o turista tem a oportunidade de entrarem contato com o artesanato local. No 4º Salão do Turismo, Edvanaldo Ferreira Costarepresentará a região.
As mãos hábeis dele são capazes de transformar pedras emescultura. Com um gurpião, espécie de serrote, ele corta a matéria-prima do tamanho desejado.Em seguida começa o trabalho de paciência e técnica. Com um formão, equipamento deaço com um cabo de madeira, ele transforma a pedra-sabão em esculturas de santos ouanimais selvagens.
Para produzir uma peça de um metro o artista demora de dois a três dias. Depois doentalhe, ele lixa por três vezes com técnicas diferentes. Em seguida ele passa overniz ou a cera a depender do gosto do cliente. Edvanaldo produz o material há 20anos. A matéria-prima vem de Anápolis (GO).